Saturday, March 22, 2008

Beijar-te

Eu sei que só nos vimos uma vez.
Estivemos efectiva e praticamente juntos uma vez.
Para meu infortúnio.
Ainda assim, sinto-te e vejo-te.
Todos os dias.
Onde quer que vá, onde quer que esteja.
TU, estás aqui outra vez.
Tu, não estás nem nunca estiveste.
Tirando daquela vez.
Se calhar nem pensas em mim,
Se calhar até me repugnas.
Eu, eu nem quero saber disso, para nada.
Eu sei que tu vais continuar a assaltar-me o pensamento,
A aparecer em todo o lado.
Todos os dias.
E penso,
Penso em ti
Penso em nós.
E penso em beijar-te.
Estivemos juntos uma vez e penso em beijar-te.
Penso como seria beijar-te.
Os teus lábios são seda.
São macios como seda, aí está a expressão que me faltava [não quero saber se é ou não cliché, os teus lábios são assim].
E são doces, tão doces.
Mas não a nenhum doce que exista terrenamente ou que alguém já alguma vez tenha confeccionado ou descrito.
São doces como só eu os imagino.
São pequenos, mas volumosos.
Uma algmofada para eu deitar os meus lábios.
Bem juntos aos teus.
É assim que eu penso que é beijar-te.
E só estivemos juntos uma única vez...
Uma vez.
Ainda assim, imagino-te, penso-te, vejo-te e sinto-te.
Todos os dias.