Friday, February 17, 2006

hábitos estranhos

por acaso nunca reparei, mas depois de consultar terceiros cheguei mesmo à conclusão que sou um ser estranho. senão reparem bem nos meus hábitos:

1º - acreditem ou não, tenho medo do ET (aquele do filme) desde que vi o filme quando tinha uns dois anos. ainda hoje me assusto. devido a isto, quando saio do quarto à noite para ir à casa de banho ou à cozinha não caminho, mas corro. com medo, assustado. que um ET me apareça à frente. é que está tudo escuro.

2º - a casa de banho para mim é o 2º lugar mais frequentado lá em casa a seguir ao meu quarto. não sei porquê a natureza chama-me me vezes demais. tenho o tremendamente estúpido hábito de ir constantemente à casa de banho fazer um xixizinho...

3 º - são as coisas que faço mais vezes: meter os dedos no nariz (mas não lambo a seguir) e roer as unhacas.

4º - tenho o estranho hábito de imitar com a boca instrumentos musicais: guitarras, baixos, baterias e ultimamente até saxofones. pelo que dizem lá em casa, é deveras irritante.

5º - desde o 10º ano, em que acabei um torneio de futebol em 3º lugar, que uso sempre as mesmas cuecas para jogar jogos importantes. quando não tenho jogo, estão religiosamente guardadas em casa.

6º - este hábito foi descoberto pela minha mãe e é sem dúvida estranho. todos os dias, ao chegar a casa tiro a roupa com que venho da rua, dou uma volta à casa totalmente nu e depois, passado uns 15 minutos de andar nu, visto a minha roupa de andar por casa...

agora digam lá, não sou estranho?


by
Ghost Reverie

Sunday, February 12, 2006

na escuridão...

uma vez mais na escuridão
tudo se transforma nas já tão cansadas pedras que compõe a vida
e onde eu me perco.
perco-me naquela escuridão silenciosa
caio na gélida e confortável escuridão
escuridão que me rodeia e que eu não temo
escuridão que me leva a percorrer as já tão cansadas pedras que compõe a vida.
escuridão a que me entrego
sem medo, sem a temer.
noite escura, abraça-me
percorre a meu lado as cansadas rochas da nossa vida.
vem, sempre do meu lado, comigo,
não me deixes
na escurdão silenciosa em que me perco....

deambulo

deambulo
ora vivo ora morto
por entre fantasmas que pairam
e fumos opacos
que aparecem no meu caminho.
deambulo sem saber para onde
sem saber o caminho a seguir
sem saber porquê.
memórias vagas
lembanças vividas
recordações fluidas.
a vida
a morte
deambulam comigo.
ora a dormir ora acordado,
deambulo meio vivo
embebedado em sentimentos perdidos
e desconhecidos.
segurando num dedo um pensativo cigarro
deambulo por aquelas pedras que tão bem conheço
como se nunca antes as tivesse conhecido
pairando com a alma inquieta
e as memórias vagamente repetidas.
sufocado por recordações
afogado em sentimentos
embebido em musica
perdido nas pedras da vida
deambulo
tentando encontrar-me comigo...