Wednesday, October 29, 2008

Sabiam que...?

As artes estão ordenadas da seguinte forma:

1ª arte - Música

2ª arte - Pintura

3ª arte - Escultura
4ª arte - Arquitectura

5ª arte - Literatura

6ª arte - Coreografia

7ª arte - Cinema



E depois ainda há as que toda a gente discute e não se chega a um consenso:

8ª arte - Fotografia
9ª arte - Banda-desenhada

Quanto a mim, a culinária devia ser a 10ª arte. E vocês, o que acham?

Tuesday, September 30, 2008

Letra #3 - B, Balão

“O balão do João, voa voa pelo ar.
É feliz o petiz a cantarolar.
Mas o vento a soprar leva o balão pelo ar.
Fica então, o João, a choramingar.”

Não o meu nome não é João. Mas já perdi alguns balões e também fiquei a choramingar em vez de ser um petiz feliz. De certa forma acho que esta música tem um lado traumático. Assusta-me perder determinados balões da minha vida. Todos temos vários balões a que nos apegamos de forma mais ou menos surpreendente, mais ou menos forte. E estamos constantemente a lutar contra o vento que sopra, para não acabarmos a choramingar.

Dou por mim a cantar esta música muitas vezes. Lembro-me de ma cantarem quando era bem pequeno. Um balão nas festas da terrinha fazia as minhas delícias, fazia de mim um petiz feliz.
E agora continuo a querer balões, continuo a ficar feliz que nem um petiz. E quando tenho um balão novo, agarro o cordel ténue e fino que o prende a mim com muita força, com muita vontade, com alguma dificuldade às vezes.

Mas o balão é meu, quero-o o para mim, não o quero deixar fugir.
Não, o balão é meu, para mim.
O balão não vai voar pelo ar.
É meu.

Não, o meu nome não é João. Mas já perdi alguns balões e também fiquei a choramingar em vez de ser um petiz feliz. Mas agora sei, por mais traumática que seja esta música, segurar os balões que enchem a minha vida.

Thursday, September 11, 2008

Letra #2 - C, cansaço & criança [take 1]

É um cansaço sobretudo físico. Sinto-me a desfazer, sinto os músculos a torcerem e a contorcerem. O corpo está quente. É um cansaço que me obriga a deitar, a descansar. Um cansaço infernal, não estou habituado a lidar com ele. Sinto-me a envelhecer, a decair, sinto-me em decadência. Tenho medo que, ao me tentar mexer, todos os ossos estalem e se partam, num processo doloroso, moroso e lento. Vejo-me cansado todos os dias. Demasiado cansaço.

"O que há em mim é sobretudo cansaço."

A minha cabeça parece ceder, parece ser incapaz de processar tanta informação, de absorver tantas imagens e ideias, de solucionar tantas equações, de ter tantas ideias. Cedi.

"O que há em mim é sobretudo cansaço".

Nestas poucas alturas em que cedo e pareço cansado de morte, sinto vontade de regredir dez anos e sessenta centímetros. Ser criança. Ter a inocência de uma criança, as despreocupações de uma criança. Ser uma criança. Aprecio a simplicidade das pequenas coisas e a simplicidade das coisas pequenas. Estar bem alto, perto do céu. É isto que me fascina, faz-me sentir livre e pequeno outra vez, capaz de voar. Posso partir um prato que não me pesa a consciência, nem me grita a culpa. Sou pequeno e inocente, foi um acidente, não um desastre. Ver TV até tarde, estar gordinho e não me preocupar, ler BD, não estudar, não ter trabalho, não ter responsabilidades, não ter consciência, ser inocente, fazer "dói-dói", brincar com Legos, ser livre, correr, andar de bicicleta, fazer tolices, rir, andar de baloiço bem alto…e cair e acordar. Sinto mesmo a falta de ser uma criança, de andar de baloiço.

"O que há em mim é sobretudo cansaço."

Wednesday, September 10, 2008

Letra #1 - E, escrever

Na verdade dactilografar. Escrever implica uma folha, uma caneta, uma mão e uma mente. Não muito complexa, uma que se limite a pensar, a ter pensamentos sólidos e que esteja dispostos a libertá-los para passarem a ser materiais, concretos, de modo a passarem para o papel. Essa é a minha mente. Mas não estou a escrever. Não estou a ter contacto com o papel, não estou a ficar com as mãos sujas de tinta. Limito-me a pensar e a despejar a minha mente para uma virtualidade falível e que pode desaparecer. Confesso que nunca pensei confessar-me a uma máquina, fria e inconsciente. No entanto, por vezes parece ser a melhor solução: espelha-me com clareza e não se queixa se eu resmungar.
Escrever, parece-me a mim, é deixar um pensamento passar pelo nosso corpo, até à ponta dos nossos dedos, que vão pressionar as teclas dando uma forma concreta (ou virtual?) de algo apenas ideológico na minha mente.
Escrever é por vezes um desabafo, por vezes um exercício intelectual, por vezes puro vaidosismo, por vezes ainda o mais alto egocentrismo, ou então uma simples linha que não diz mais que um cliché velho, gasto, feio, mas que nos soa bem só porque nos apetece e queremos escrevê-lo naquele momento.
É incrível como as palavras escritas conseguem exprimir sentimentos, ainda que de forma oca, vazia ou incompleta.

Amor.
Ódio.
Nojo.
Vontade.
Excitação.
Liberdade.
Raiva.

Escrever para memorizar, como remédio ou antídoto. Escrever para me espelhar, exprimir, espalhar, dar, oferecer, pensar. Escrever por escrever. Na verdade, dactilografar.
É incrível como me parece fácil escrever, mesmo que seja para não dizer nada, nem que seja só porque me sinto bem, vazio, livre, solto, bem-disposto, aliviado. Escrever porque sim. E porque o computador sublinha os meus erros a vermelho.

Vida nova

Um renascer, uma vida nova, num sítio diferente.
Eu lá, tu ainda mais longe. Mas sempre próximos.
Queria que não existisse mais nada à nossa volta a não ser nós.
Nunca me esqueças, nunca me deixes.
Eu sou teu e tu és minha.
Nós somos um.

Saturday, March 22, 2008

Beijar-te

Eu sei que só nos vimos uma vez.
Estivemos efectiva e praticamente juntos uma vez.
Para meu infortúnio.
Ainda assim, sinto-te e vejo-te.
Todos os dias.
Onde quer que vá, onde quer que esteja.
TU, estás aqui outra vez.
Tu, não estás nem nunca estiveste.
Tirando daquela vez.
Se calhar nem pensas em mim,
Se calhar até me repugnas.
Eu, eu nem quero saber disso, para nada.
Eu sei que tu vais continuar a assaltar-me o pensamento,
A aparecer em todo o lado.
Todos os dias.
E penso,
Penso em ti
Penso em nós.
E penso em beijar-te.
Estivemos juntos uma vez e penso em beijar-te.
Penso como seria beijar-te.
Os teus lábios são seda.
São macios como seda, aí está a expressão que me faltava [não quero saber se é ou não cliché, os teus lábios são assim].
E são doces, tão doces.
Mas não a nenhum doce que exista terrenamente ou que alguém já alguma vez tenha confeccionado ou descrito.
São doces como só eu os imagino.
São pequenos, mas volumosos.
Uma algmofada para eu deitar os meus lábios.
Bem juntos aos teus.
É assim que eu penso que é beijar-te.
E só estivemos juntos uma única vez...
Uma vez.
Ainda assim, imagino-te, penso-te, vejo-te e sinto-te.
Todos os dias.

Sunday, October 07, 2007

O homem, o Nada e o Tudo

O homem está condenado ao eterno, mas feliz masoquismo...

Que somos todos nós senão um ser masoquista, que se subjuga constantemente ao prazer da dor para seu regozijo?

Porque o homem não nada, mas é também tudo!por isso ao deparar-se com este cenário pesa-se-lhe a vida e abrem-se as portas da loucura... Somos loucura, alimentados por ela, loucura somos nós.

nada é perfeito...mas o Nada, sendo Tudo, é a Perfeição. Apenas quando formos Nada seremos perfeitos... Até lá, somos apenas homens.

e eis que ressuscito...

não me lembro da última vez que abri a mente, que pensei...

mas há noites destas, em que simplesmente pensamos em algo, em nós, no que somos simplesmente.

e depois saem pensamentos, saem ideias, coisas estranhas.

é assim que somos, humanos simplesmente, reduzidos à nossa condição...

Thursday, March 29, 2007

lá fora

lentamente me habituei ao que vejo lá fora. aquelas montanhas de betão, mortas, fazem já parte de mim. por mais que me aborreça ter que as vez todos os dias, já me habituei. resta-me o consolo de estar cá cima, cá muito em cima. tão perto das nuvens, do céu (quase lhe toco!). como é possível não querer voar?
lá fora.
lá fora.
lá fora.
já me habituei ao que vejo lá fora. por mais que não goste daquilo que vejo, aquelas luzes macilentas e o betão morto e aborrecido, já me habituei.
mas tenho saudades, sinto a falta de olhar lá para fora e ver tudo aquilo que conheço. sinto a falta daquela vida toda, daquele verde viçoso. aquele ar puro, aqueles odores tão simples e familiares. sinto a falta de casa, pois claro. não há homem que viva sem a sua terra.
lá fora.
lá fora.
lá fora.
já não vive aquele verde. morre aquele betão amontoado. mas resta-me o consolo de estar tão alto, tão perto do céu.
e a paz preenche-me...

Saturday, January 13, 2007

todo eu estou vivo.
sinto-me vivo,
a respirar.
sinto cada célula a trabalhar,
a cumprir a sua eterna e mesma função.
sinto o meu coração bater,
sinto-me a sentir.
estou vivo, estou vivo,
sinto-me vivo.
penso, repenso,
escrevo, reescrevo.
tudo para mim agora.
todo eu estou vivo.
vida sem venenos.
vida viva.
juntos, eu e tu.
já podemos dançar juntos até à morte.

Sunday, December 31, 2006

Wouldn't it be nice

Wouldnt it be nice if we were older
Then we wouldnt have to wait so long
And wouldnt it be nice to live together
In the kind of world where we belong

You know its gonna make it that much better
When we can say goodnight and stay together

Wouldnt it be nice if we could wake up
In the morning when the day is new
And after having spent the day together
Hold each other close the whole night through

Happy times together weve been spending
I wish that every kiss was neverending
Wouldnt it be nice

Maybe if we think and wish and hope and pray it might come true
Baby then there wouldnt be a single thing we couldnt do
We could be married
And then wed be happy


You know it seems the more we talk about it
It only makes it worse to live without it
But lets talk about it
Wouldnt it be nice



Happy happy song.
It's nice all right!!!