Thursday, January 19, 2006

je ne sais quoi...

será que a minha vida nunca terá um dia normal?
será que nunca vou controlar os meus sentimentos?
porque é que quando eu menos quero me vêm à cabeça os sons, as imagens, os sabores, os aromas (de ti).
e eu que há muito prometi a mim mesmo ser de pedra, não voltar a cair em merdas romanescas, com muita sensibilidade...e eis que caio no mesmo remoinho de sentimentos, o mesmo abismo sem fundo de recordações...
a merda da vontade de sentir intensamente (amar?) há-de sempre voltar. e a culpa é minha, porque desastrado como sou, tropeço sempre em alguém que desperta em mim um je ne sais quoi... pareço votado ao sentimento, ao romantismo. até ao saudosismo imagine-se!
coisas há muito reprovadas e desaprovadas por mim e por outros.
mas há de vir sempre alguém mudar o curso da minha vida...
e sabem que mais?
tenho que seguir com a vida em frente.
(até porque tal alguém pode nem se vir a concretizar.)
é que além de romântico, sentimentalista também tenho que ser (e sou) realista.

mas além de realista gosto de sonhar!
e o que são os sonhos?
sem ti, não são mais que algo
aborrecido, a preto e branco...
contigo
a alegria jorra de dentro de mim,
é colorido e interessante...
mas infelizmente é isso mesmo,
a merda de um sonho
não a realidade.
mas somos feitos de sonhos
e os sonhos fazem-nos a nós.

mas a vida continua não é?
e eu sempre com um sorriso nos lábios.


by
Ghost Reverie

Sunday, January 15, 2006

it's all about it isn't it...?all about dreams...

costumo imaginar, ou pelo menos tentar imaginar coisas. de fundo, a música de yann tiersen dá lugar faz-me criar as mais vastas e variadas imaginações. de olhos fechados, rapidamente a escuridão dá lugar à luz forte e imensa dum candelabro magistral e brilhante que ilumina, imponentemente, toda a sala. sala repleta de pessoas, pessoas que dançam e parecem flutuar, brilhantes, ao som da música. eu sou excepção. apenas porque aguardo, em aparente paz, mas verdadeiramente impaciente, a tua chegada.
minutos parecem infindáveis horas à tua espera. a música consume-me e fico cada vez mais impaciente.
mas eis que chegas. como que uma visão, pareces flutuar, ofuscando tudo à tua passagem. nem posso acreditar que estás ali para estar comigo. avanço até ti e caímos nos braços um do outro começando a dançar.
tal coisa parece um sonho. parece que flutuo, aliás, voo a teu lado. somos inagualáveis.
mas sim, é mesmo uma visão. apenas me apercebo disso quando a música acaba e sou forçado a regressar à terra. tal dança, tal candelabro, tais pessoas, não existem.
resta-me o consolo de saber que TU és real, tal como o meu sentimento.

mas a minha imaginação, os meus sonhos, as minhas visões não têm limites. e gosto de sonhar, imaginar...ou pelo menos tentar...


by
Ghost Reverie